Tenho reparado que o número de pessoas
que lêem livros dentro dos vagões do metrô aumentou.
Procuro pelos títulos e descubro uma variedade
interessante. Entre os de auto ajuda e religião, que
são maioria, grandes clássicos da literatura como Dostoiévski,
Machado de Assis e até peças de teatro.
À-propros cinema, ontem assisti a um bom filme:
“Verdades Nuas”, bom roteiro, excelente produção,
bons atores, e o surpreendente; é americano.
Todos os dias recebo e-mails com matérias jornalísticas,
denúncias, ou opiniões pessoais sobre os novos (?)
candidatos a presidência do país. Fico indignado.
Não com os textos, mas com a ainda suposta indignação
ou parcialidade daqueles que me enviam os mails.
Principalmente daqueles que poderíamos chamar
de produtores culturais do país.
Não acredito na hipótese deles serem idealistas.
Estão mais para sonhadores.
Ou qualquer outra classificação que não se encaixa
nem a esquerda nem a direita do que isso que nos governa.
Acredito que o intelectual tem o dever de exercer a
crítica, ser imparcial, emocional sem perder a razão,
e se possível (em nosso país inevitável) apartidário.