Era uma vez um menino
cuja cabeça vivia cheia de imaginação
e sonhos.
E um botão de rosa.
Um menino que por razões alheias a sua vontade
não pode ter seus desejos realizados.
E um botão de rosa que não viveu o bastante para desabrochar.
Um menino e seus olhos de contornos amendoados
e tristes.
E um botão de rosa que apesar de murcho continuou a ser
chamado de botão de rosa.
Um menino que o tempo se encarregou de perdê-lo,
para que ninguém mais o chamasse de menino.