26.9.06

NAMENLOS

Era uma vez um menino
cuja cabeça vivia cheia de imaginação
e sonhos.

E um botão de rosa.

Um menino que por razões alheias a sua vontade
não pode ter seus desejos realizados.

E um botão de rosa que não viveu o bastante para desabrochar.

Um menino e seus olhos de contornos amendoados
e tristes.

E um botão de rosa que apesar de murcho continuou a ser
chamado de botão de rosa.

Um menino que o tempo se encarregou de perdê-lo,
para que ninguém mais o chamasse de menino.

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