No dia em que se iniciou a 30ª mostra internacional
de cinema, eu assisti a um filme que está no circuito
comercial de filmes. Fiz uma deliciosa viagem com
“ A pequena miss sunshine”. O filme é muito bem
feito, e os atores muito bem escolhidos. Conta a história
de uma família cheia de problemas (como se o contrário
fosse possível) que viaja para satisfazer a vontade de
Olive, a caçulinha, que deseja a todo custo participar
de um concurso de miss. Na Kombi viaja toda a família,
o avô que depois de velho começou a cheirar cocaína,
o pai que é autor de um livro que ensina os nove passos
para se vencer na vida, o irmão que desde que começou a ler
Nietsche não quer mais falar, o tio homossexual e expert em
Proust e que tentou suicídio, e por fim a mãe, a menos
perturbada de todos. Uma comédia, aparentemente, porém
uma viagem para dentro deles mesmos. Um bom filme
para quem quer fugir das filas dos filmes da mostra.
Estou no meio do livro de contos do João Gilberto Noll,
“A máquina de ser”. Comecei a ler ontem e fui fisgado.
Gosto de como ele descreve não apenas os sentimentos e
emoções de seus personagens, mas também da escolha
de suas palavras enquanto observadores. Assim consigo
ver caminhos, velórios, suores, cicatrizes, amores e dores,
e acima de tudo, inúmeras e inesperadas maneiras de ser e
de sentir.
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