6.5.09

O VERBO É LABUTAR

Mais de uma semana sem postar. Falta de tempo. Trabalho, trabalho e trabalho para organizar principalmente a vida dos outros e poder viajar alguns dias ou semanas. Os dias passam muito rápido. Sobra pouco tempo para leituras interessantes, cinema, teatro, ou passeios, mas eu sei que é por uma boa causa, então não estresso. Faço o que tenho que fazer para depois poder fazer o que quero.

O romance está pronto. Desde a conclusão pareço ter me esvaziado. Talvez por isso o mergulho no trabalho/ridiculum vitae. Ocupar o tempo cumprindo deveres e obrigações, ainda não consigo dialogar com o lúdico, ou com o que não é palpável. Não me queixo. Já entendi como a coisa funciona. Não conseguiria criar absolutamente nada agora.

No contato profissional com outras pessoas, tenho observado a variedade de medos e apegos que as pessoas desenvolvem e depois não conseguem mais se desvencilhar. Dificultam a própria vida. Ficam raivosas, e fazem a mal a si mesmas. Apego ao dinheiro, objetos, pessoas, relacionamentos mal resolvidos, vaidades, orgulho, doenças. Incrível como tudo isso vai se desenhando no rosto delas, no movimento das mãos, no jeito de falar e de olhar. O que mais me chama atenção são os limites que elas impõem a si mesmas. Ao invés de se abrir, elas se fecham. Exigem passaporte de qualquer um que tente se aproximar. Estão sempre perdendo. E não sabem a razão.

Nenhum comentário: