Já passei por Viena e agora estou em Budapest. Sinceramente, não queria sair de lá. Gosto muito de Viena, não apenas porque já vivi na Áustria e tenho muitos amigos, mas porque a cidade é um modelo de como todas outras cidades deveriam ser. Grande, sem ser desproporcional, cheia de parques que servem como ilhas refrescantes dentro do espaço urbano, museus permanentes e mostras internacionais, salas de concertos de primeira qualidade, ópera, cafés e restaurantes em abundância e um povo educado e consciente do quão bela é sua cidade e da importância de sua preservação. Não há como deixar de fazer comparações com outras cidades que conheço, mas fica ainda mais difícil não reconhecer o quanto Viena é generosa com os seus cidadãos e vice e versa. Limpa, organizada, dentro dela conseguimos ver o céu (devido ao gabarito dos prédios), espaçosa, avenidas largas, meios de transporte que funcionam, bondes, metrô, ciclovias, semáforos inteligentes, cestos de lixo a cada cinqüenta metros, um rio que não cheira mal, sinalização inteligente, enfim, uma cidade feita para o homem e não para o automóvel.
Estou com dois amigos arquitetos, Hagop Boyadjian e Roberto Leme Ferreira. Se já conhecia a cidade emocionalmente, agora eu aprendi a respeitá-la ainda mais. Com eles passei a compreender a importância do planejamento de uma cidade. Nas muitas conversas que temos durante nossas longas caminhadas, entristecemos só de lembrar da falta de respeito que os vários governos, independente da cor de seus partidos, tem para com a cidade onde moramos. Roberto é arquiteto do Condephat, e além de me contar histórias que desconhecia sobre São Paulo, me esclarece muitas dúvidas.
Volto a insistir na educação. Sem ela não haverá desenvolvimento. Sem consciência, não há registro, sem registro não há memória. Por enquanto é isso, abaixo alguns registros da cidade.
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