26.8.11

REGISTROS

Na quarta fui com uma amiga assistir a Filarmônica de Câmara Alemã de Bremen, acompanhada por Christian Tetzlaff na Sala São Paulo. Duas das peças que eles executaram eu gosto bastante, “Verklärte Nacht” do Schönberg e o concerto para violino de Mendelsohn-Bartholdy, as outras duas, o concerto para violino e orquestra de Mozart e a sinfonia n°8 de Haydn ,eu teria preferido ouvir em outra ocasião. Porque destoaram do programa e perderam a força. Ao lado de Schönberg pareciam música ambiente, de fundo. Entendo que talvez eles tenham tentado mostrar um pouco do que podem e sabem tocar, mas eu teria escolhido um repertório mais adequado ao tamanho da orquestra, quero dizer, obras mais intimistas, que exigem mais técnica do que força.

O que mais tem me chamado a atenção desde que cheguei em São Paulo é a comunicação entre as pessoas, o tato na conversa e nos diálogos necessários nas atividades cotidianas. Nós gostamos de nos autodenominar simpáticos e cordiais, mas não é a percepção que tenho tido. Os diálogos são rudes, não há gentilezas formais e necessárias na construção das relações, a degradação e a negligência no uso da palavra. Preste atenção, na falta de delicadeza, estamos descendo a ladeira no quesito educação. Ai que bobagem, você vai dizer. Eu digo que não, que algumas formalidades são condição sine qua non para a troca de conhecimento e respeito entre as pessoas. Estamos perdendo. Observe. A falta de educação é a regra. As vezes penso que perdemos o senso crítico. Esse deboche generalizado me dá arrepios.

A data do lançamento do meu novo romance, o “Dissonantes”, está programada para o dia 5 de outubro, o lançamento será feito na Livraria da Vila do Pátio Higienópolis. Quando estiver certo, confirmo no blog. Aliás, a nova livraria ficou linda. Vá conferir.

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