4.7.05

EXERCÍCIO.









Contrariando muita gente que conheço
eu gosto da segunda feira. Mesmo porque,
não nos resta outra alternativa, ela volta depois de cada
final de semana. Mas não era sobre o início da semana
que eu pensava falar. Era sobre singelezas.
No sábado assisti ao filme “Conversando com mamãe”.
Estou me tornando lentamente um grande fã do filme
argentino. O que o diferencia dos outros, pelo menos
nessa nova safra de filmes que tem vindo para cá, são
os temas simples tratados com dignidade e sensibilidade
raramente encontradas nos filmes atuais. Sem falar no talento
dos atores. O filme em questão conta a estória de um filho que
forçado pela mulher e sogra tenta convencer a mãe a sair do
apartamento onde mora para vendê-lo e assim cobrir suas
dívidas. Mas não é isso o que vemos. Lentamente mergulhamos
no fundo de um oceano mais complexo. Velhice, perda e resgate
dos ideais da juventude, cegueira provocada pela falta de coragem
de sermos o que realmente queremos ser, enfim, poderia enumerar
mais coisas, mas prefiro parar por aqui. Porquê no fundo o que
queria dizer é que nem sempre um filme forte é aquele repleto
de imagens que potencializam a realidade. Ele pode ser singelo.
Contar uma estória simples. E provocar muito mais emoções.
Sem recursos visuais hiper realistas, ou discursos longos sobre
como mudar o mundo. Simplicidade é o que conta neste filme
singelo, bem feito e quase água com açúcar.
Então retomo a segunda feira. Ao começo da semana que me
desejo, e também a vocês leitores deste blog,delicada

sem perder a leveza, realista sem dispensar os sonhos.

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