Ouvi dizer que Júpiter saiu para dar uma volta e a partir de hoje começa a sua viagem de volta para casa. Eu o espero de braços abertos.
Enquanto isso leio e escrevo, e de vez em quando penso. Em como o tempo não perdoa quem não embarca em sua nave sem função/câmbio marcha à ré. Uma nave que só anda para frente e atropela sem querer, mas querendo, os que não querem que ela siga o seu rumo. Porque é essa a função do tempo. Passar, avançar, vender a idéia de que embarcando nela ficamos mais próximos dos sonhos. Não se atreva a ficar parado. Não tem retorno, e os que perdem a viagem ficam com uma imensa sensação de injustiça que não serve para nada. A não ser como lamento para seu fundo musical.
Visitando outros blogs “caí” no do Gerald Thomas. Lá tem uma entrevista em que ele diz que vai parar de fazer teatro, que cansou, que acha tudo uma merda. Entendo. Será que incluiu no “tudo” algumas coisas que ele mesmo fez? Mas concordo com boa parte do que diz. Tem razão quando diz que não há nada de novo, apenas repetição, que faz parte de uma geração que só faz colagem e não tem saco para o que hoje é considerado arte. Penso o seguinte: a arte como ele entende realmente não existe mais. Engajamento é uma palavra que as novas gerações não entendem como ele entende. Engajamento requer uma porção de altruísmo, e altruísmo saiu de órbita. Mas para mim, arte é ainda o que pode salvar. E se não encontro na produção atual o que me comove/move, vou buscar no passado. Acho que o mais importante agora, onde todos nadam na superfície porque o importante é estar entre os que aparecem, e estar em evidência para os que nadam na superfície quer dizer o mesmo que fazer arte, é não esquecer que há vida abaixo e acima desse mar de gente/espelho. Pode ser uma minoria que se atreve a mergulhar e a voar, mas ela existe e é quem melhor consegue entender e fazer arte. Paciência. Siri esperto é aquele que quando a maré baixa volta para o seu buraco.
Enquanto isso leio e escrevo, e de vez em quando penso. Em como o tempo não perdoa quem não embarca em sua nave sem função/câmbio marcha à ré. Uma nave que só anda para frente e atropela sem querer, mas querendo, os que não querem que ela siga o seu rumo. Porque é essa a função do tempo. Passar, avançar, vender a idéia de que embarcando nela ficamos mais próximos dos sonhos. Não se atreva a ficar parado. Não tem retorno, e os que perdem a viagem ficam com uma imensa sensação de injustiça que não serve para nada. A não ser como lamento para seu fundo musical.
Visitando outros blogs “caí” no do Gerald Thomas. Lá tem uma entrevista em que ele diz que vai parar de fazer teatro, que cansou, que acha tudo uma merda. Entendo. Será que incluiu no “tudo” algumas coisas que ele mesmo fez? Mas concordo com boa parte do que diz. Tem razão quando diz que não há nada de novo, apenas repetição, que faz parte de uma geração que só faz colagem e não tem saco para o que hoje é considerado arte. Penso o seguinte: a arte como ele entende realmente não existe mais. Engajamento é uma palavra que as novas gerações não entendem como ele entende. Engajamento requer uma porção de altruísmo, e altruísmo saiu de órbita. Mas para mim, arte é ainda o que pode salvar. E se não encontro na produção atual o que me comove/move, vou buscar no passado. Acho que o mais importante agora, onde todos nadam na superfície porque o importante é estar entre os que aparecem, e estar em evidência para os que nadam na superfície quer dizer o mesmo que fazer arte, é não esquecer que há vida abaixo e acima desse mar de gente/espelho. Pode ser uma minoria que se atreve a mergulhar e a voar, mas ela existe e é quem melhor consegue entender e fazer arte. Paciência. Siri esperto é aquele que quando a maré baixa volta para o seu buraco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário