No fim de semana fui assistir dois filmes. O último de Wood Allen, “Meia noite em Paris” e um outro filme americano chamado “Beginners” do diretor Mike Mills. Nos dois o tema é o amor, mas com abordagens diferentes. Wood Allen nem sempre agrada, mas sempre faz bons filmes, você não sai do cinema achando que assistiu um filme mal feito. Nesse último gosto da história, o roteiro é bem feito e ele fala de coisas que me interessam, como a questão que aborda sobre a relação que a maioria das pessoas lida com o presente e o passado. Quantas vezes não encontramos com pessoas mais velhas (não é a regra, tem gente de trinta anos que é assim também) ouvimos comentários do tipo, ah se você gosta de tal lugar é porque você não viu como era há trinta anos, nem se compara, era muito mais chique, era muito mais isso ou aquilo. Enfim, pode até ser, mas na verdade viver o presente e avaliá-lo é que é difícil. Raramente alguém consegue ter a noção exata da época em que está vivendo. Wood Allen misturou o tema com o romantismo de um escritor americano obcecado com os anos pré e pós primeira guerra quando Paris concentrava escritores e artistas que hoje são consagrados, que chega na cidade em meio aos preparativos de seu casamento. Enfim, uma boa história, que Allen conta com leveza e graça, serve para distrair a mente, exatamente o que eu precisava depois de semanas dentro desse studio estudando e escrevendo.
O outro filme, também cabe na categoria sessão da tarde, mas é mais pretensioso do ponto de vista da estética e do tratamento do roteiro. Feito para outro público, do tipo existencialismo de shopping center, conta a história de um designer gráfico que depois de perder o pai (que se assumiu gay depois dos 75 anos, Christopher Plummer) conhece uma moça e começa um relacionamento. Viu algo de interessante nessa história? Mas vale como passa tempo. Os atores são simpáticos e você pode enumerar os clichês (homossexual alegre e com visão de vida positiva, mãe judia, filho que aceita naturalmente a homossexualidade do pai e as esquisitices da mãe) enfim, vá ver, compre um saco de pipocas e divirta-se.
O outro filme, também cabe na categoria sessão da tarde, mas é mais pretensioso do ponto de vista da estética e do tratamento do roteiro. Feito para outro público, do tipo existencialismo de shopping center, conta a história de um designer gráfico que depois de perder o pai (que se assumiu gay depois dos 75 anos, Christopher Plummer) conhece uma moça e começa um relacionamento. Viu algo de interessante nessa história? Mas vale como passa tempo. Os atores são simpáticos e você pode enumerar os clichês (homossexual alegre e com visão de vida positiva, mãe judia, filho que aceita naturalmente a homossexualidade do pai e as esquisitices da mãe) enfim, vá ver, compre um saco de pipocas e divirta-se.
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