Ontem enquanto caminhava de volta para casa, tive uma espécie de clarão dentro da minha cabeça. Como se os pensamentos tivessem sido iluminados e encontrassem seus lugares e se ordenassem dando um sentido ao que até então era desordem e confusão. As vezes demoro muito para compreender algumas situações em que me envolvo, outras resolvo rapidinho. O que não consigo é me desvencilhar dos pensamentos antes de ao menos tentar entendê-los, e quando envolve sentimento, ah, fica muito mais difícil. Gostaria ter uma fórmula tipo wash and go, como algumas pessoas que conheço são capazes de fazer. Não consigo ver causa e efeito em todos os comportamentos humanos. Cada um tem seu próprio jeito de funcionar.
Esqueci de comentar sobre um outro filme que vi esses dias. Um iraniano chamado “Uma separação”. Sei que muita gente tem alergia a filmes iranianos, mas esse é diferente dos outros, menos político e mais ligado ao universo particular das pessoas. É bem feito, roteiro, direção e atores em perfeita sintonia. Inicialmente conta a história de um casal que está em processo de separação, mas isso é só a superfície. O casal tem uma filha e o avô com Alzheimer também mora com eles (deu para sentir o clima?) Pesado. Denso. E fechado. Com discussões do tipo beco sem saída, como algumas que já vivemos e também não encontramos respostas. O grande mérito do filme é tratar de temas ligados a sociedade iraniana e contemporânea dentro do contexto da discussão particular do casal. Gostei bastante, mesmo quando em alguns momentos durante a sessão eu tenha me sentido um pouco aborrecido com a história. Porque de alguma maneira ela me incomodou. A pequeneza humana fica exposta em muitos diálogos e é constrangedora. A inteligência emocional nem sempre dialoga com a razão como acontece com o casal do filme. De qualquer maneira vale assistir.
Dicas para todos os signos:
Aproveite o feriado e os dias invernais para ouvir Mahler, qualquer coisa dele pode te salvar do marasmo existencial. Conselho: procure uma gravação antiga por exemplo de A cançao da Terra (Das lied von der Erde), com Otto Klemperer regendo a New Philarmonia Orchestra, Christa Ludwig et Fritz Wunderlich. Deixe a música penetrar seus ouvidos e esqueça das pequenezas da vida.
Esqueci de comentar sobre um outro filme que vi esses dias. Um iraniano chamado “Uma separação”. Sei que muita gente tem alergia a filmes iranianos, mas esse é diferente dos outros, menos político e mais ligado ao universo particular das pessoas. É bem feito, roteiro, direção e atores em perfeita sintonia. Inicialmente conta a história de um casal que está em processo de separação, mas isso é só a superfície. O casal tem uma filha e o avô com Alzheimer também mora com eles (deu para sentir o clima?) Pesado. Denso. E fechado. Com discussões do tipo beco sem saída, como algumas que já vivemos e também não encontramos respostas. O grande mérito do filme é tratar de temas ligados a sociedade iraniana e contemporânea dentro do contexto da discussão particular do casal. Gostei bastante, mesmo quando em alguns momentos durante a sessão eu tenha me sentido um pouco aborrecido com a história. Porque de alguma maneira ela me incomodou. A pequeneza humana fica exposta em muitos diálogos e é constrangedora. A inteligência emocional nem sempre dialoga com a razão como acontece com o casal do filme. De qualquer maneira vale assistir.
Dicas para todos os signos:
Aproveite o feriado e os dias invernais para ouvir Mahler, qualquer coisa dele pode te salvar do marasmo existencial. Conselho: procure uma gravação antiga por exemplo de A cançao da Terra (Das lied von der Erde), com Otto Klemperer regendo a New Philarmonia Orchestra, Christa Ludwig et Fritz Wunderlich. Deixe a música penetrar seus ouvidos e esqueça das pequenezas da vida.
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