Amanhã retorno ao Brasil. Passei os quatro últimos dias em Paris. Os assuntos mais comentados aqui são a gripe suína e o acidente com o avião da Air France. Fora isso a cidade continua uma beleza. Come-se bem, bebe-se bem, respira-se cultura e se a gente não quer fazer nada, este fazer nada pode ser muito interessante também. Posso ficar horas sentado num banco de praça observando o movimento das pessoas, como gesticulam ou passam apressados, ou tomando um copo de vinho sentado numa mesinha de um bar qualquer. Esse post está meio Danuza Leão, mas não dá para contar essas coisas pseudo descompromissadas que se faz quando se está em Paris sem parecer ter saído de um trecho de um de seus livros. Enfim. Pena que já estou voltando. Eu me surpreendo com a minha própria vontade de continuar por aqui, mas quando penso que a primeira imagem que meus olhos vão ver assim que chegar em São Paulo é a do rio Tietê imundo e fedido, consigo me entender. Gostaria que a minha cidade fosse uma cidade mais bem pensada e planejada, mais confortável e sobretudo menos poluída e menos violenta. Quando converso com amigos e me dizem que este é o preço por se viver em um país jovem, eu não acredito. Há dezenas de iniciativas que poderiam ser tomadas para se melhorar a cidade, mas os governos estão muito mais preocupados em se eleger nas próximas eleições e não têm coragem de encarar os problemas. Mas para mudar alguma coisa é preciso trabalhar muito, a começar pela educação. Já estou indo longe demais, vou parar por aqui. Amanhã quando chegar em casa, penso como lidar com o meu cotidiano.
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