Enquanto jantava assistia ao programa da Oprah Winfrey no GNT. Entre garfadas ouvi a divulgação do livro autobiográfico da filha do vocalista do “Mamas & the Papas”. Então a moça agora certamente com mais de 50 anos contou que entre os 18 e 29 anos fazia sexo com o próprio pai. Ela denominou o ato como “estupro consensual”. Para mim, se é consensual não pode ser estupro. Depois contou que cheirou cocaína a primeira vez ao 11 anos e que foi o pai quem lhe ensinou a injetar heroína e etc. Quando perguntada sobre se sabia o que estava fazendo, ela disse que sim, e ainda, que achava importante expor isso agora como forma de “se perdoar” e “dar a oportunidade a outras pessoas que estão sofrendo o mesmo, poderem se manifestar ou se rebelar”. Sei. Contou também que fez sexo com Mick Jagger, e que “puxa, não é qualquer um que já fez amor com Mick”. Bem. Não sei o que pensar. Ou sei. De qualquer forma fico pensando sobre o sentido de tudo isso. A moça que se diz limpa depois de ter passado um tempo na cadeia, me pareceu um pouco desmiolada como a maioria das pessoas que se auto promovem contando suas intimidades e expondo seus podres. O prazer estava presente. Olhava para a platéia como se pedisse aprovação por estar "abrindo" sua intimidade e por isso merecia aplausos ou coisa parecida. Chegou a agradecer o público quando depois de narrar um fato, o público riu.De qualquer forma, estava fazendo a divulgação de seu livro que foi baseado em sua vida, o que acho que era o mais importante para ela, não importando se a custas de passagens da vida que só dizem respeito a ela, o importante é aparecer no programa da Oprah e falar sobre o seu lixo. Só que falar sobre o seu lixo para um público de milhões é bem diferente do que para um analista. Talvez a sensação de seus pecados sendo revelados a milhões de pessoas lhe traga um alívio imediato. Tinha o prazer e o desequilíbrio estampados no rosto. Chorou, depois riu um sorriso que não conseguiu esconder sua histeria, depois se esforçou mais uma vez para nos convencer de que estava abrindo sua vida para ajudar outras pessoas. Não acredito. Não tenho o menor respeito por ela. Não por causa da relação incestuosa que teve com o pai ou de sua louca vida, isso pouco me importa, mas porque não estou mais suportando pessoas tão banais posarem de interessantes. Provavelmente seu livro vai lhe render milhões. E milhões de pessoas vão molhar as calcinhas ao lerem sua história de incesto. E daí?
Um comentário:
Há algo de podre no ar. Pior, estamos nos acostumando com o cheiro.
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