25.11.09

TURVO

Hoje não vi nada além.
Meus olhos não enxergaram mais do que dois palmos de distância.
Entre mim e mim mesmo,
o vazio e o eco da minha própria voz,
a revelar a ausência do novo,
o de sempre,
olhar,
ver,
cheirar,
e sentir,
um passo a mais e eu teria caído,
como sempre,
caio,
e me levanto,
e caio,
e me levanto.

Eu.
Meus olhos.
O vazio e o eco da minha própria voz,
O de sempre.

Nada além do desejo.

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