24.6.10

CHEGANDO


Desta vez foi difícil sair do Brasil. Sentimentos, sentimentos, sentimentos. Que coisa! Quando eles se fazem presentes assim como estavam, perco um pouco a nocao (estou no notebook que nao tem cidilha nem til, é estranho no comeco mas depois voces se acostumam). Fico transbordante, melancólico e minha visao de vida prejudicada. Ajudaria se eu fosse menos esponja e mais iceberg. Ontém por exemplo me arrastei, me acusei de insâno, de procurar sarna para me cocar, quase me convenci que seria melhor ficar. Entrei no vôo nesse clima de zangado comigo mesmo. Mas bastou botar os pés aqui e a boa energia voltou. O Sergio que acredita e que prefere os desafios à mesmice voltou.

Tive sorte, consegui chegar rápido em casa. Na rua dois milhoes de pessoas manifestavam contra as reformas do Monsieur Sarkô. Transito parado, metrô parado, onibus nas garagens. O taxista, um marroquino bem simpático, cortou caminho e conseguiu chegar rapidamente no Marais. Entrei na minha petite maison, abri malas, tomei banho e fui para a rua. Sol, céu azul, 25 graus, bandos de turistas se desviando uns dos outros. Caminhei quase duas horas absorvendo a atmosfera e logo me encontrei com uma amiga que mora na Rue St Andrés de Arts. Almocamos juntos, e depois de dar um bonjour a Sao Miguel na praca que leva seu nome, a noite mal dormida comecou a cobrar. Sono, pernas pesadas, cansaco físico Espero poder dormir rapidinho, amanha levanto cedo.

Gabriel, o dono da casa, deixou uma garrafa de vinho tinto pela metade sobre uma mesinha. Acreditei que era para mim. Fiz um lanchinho simples para nao acordar com fome no meio da noite e esvaiei a bouteille. Santé e até logo mais.

Um comentário:

Lícia disse...

Tudo certinho, heim?!
E a bela foto do São Miguel? Adoraria dar um bounjour daqui.
beijos.