No Café da esquina. Sentei-me onde costumávamos sentar. Como de costume Momo atendia as mesas do lado de fora. Não me reconheceu. Ou fez de conta que não me conhecia. Disse bonjour. Assim. Bonjouour! Alongado e exclamativo. Como só vocês parisienses sabem dizer. Eu respondi meu bonjour de sempre, o bonjour neutro, transparente, sem pontuação. Momo passou por mim algumas vezes. Acho que tentava adivinhar se você viria. Como de costume. Como costumávamos fazer. Quando sentávamos a espera um do outro no café da esquina. Momo me olhou de relance. Várias vezes ele me olhou. Procurava pelo outro. De relance. Eu também olhei para ele. De relance. Momo procurava por você. No olhar dele. Eu vi você. Nos olhos interrogativos de Momo. Você passou. Rapidamente. Como um cometa. Nem tive tempo de fazer meu pedido. Un café expresso s’il vous plait. Quando comecei a dizer a frase Momo desapareceu. Você desapareceu. Por algum tempo ainda. Continuei. Sentado. Esperando. Momo voltar. Com você. Na bandeja. Com um petit chocolat amer acompanhando as duas pedras de açúcar ao lado do pires. C’est pour moi? Eu teria perguntado fazendo de conta que havia sido surpreendido. Como costumava fazer. Quando você me dava o chocolate amargo do seu café. Tiens c’est pour toi. Para mim? Oui, para você.
Esperei. Sentado. Momo voltar. Para fazer o meu pedido. Um café. Expresso. No Café da esquina. Onde costumávamos sentar. Como um cometa. Momo desapareceu levando você. No olhar. Na bandeja. Com uma porção de pequenos chocolates amargos e pedrinhas de açúcar.
3 comentários:
MOMO TE AMA!
BJ E TOCA PRA FRENTE QUE ATRÁS VEM GENTE.
AH SE VEM!!!
MOMO TE AMA!
BJ E TOCA PRA FRENTE QUE ATRÁS VEM GENTE.
AH SE VEM!!!
MOMO TE AMA!
BJ E TOCA PRA FRENTE QUE ATRÁS VEM GENTE.
AH SE VEM!!!
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