Quando criança o sinal de que já estava bem próximo de casa era quando meu pai passava diante da empresa de transportes Lusitana e eu lia: “O mundo gira, a Lusitana roda”. Pensei nisso hoje porque senti muita vontade de parar de girar como o mundo e rodar como a Lusitana. Parar e não ter que dizer ou fazer qualquer coisa. Simplesmente parar. Chegar em casa. Que seria qualquer lugar onde eu pudesse me sentar e tomar um chá, abrir um livro ou observar o mundo através da minha ampla janela e não falar, não fazer, não opinar, não compreender, não interferir, ser, estar e ver a banda passar. Fazer parte cansa. E não tem como não ter que fazer parte. Não importa qual a sua praia ou tribo ou o que quer que seja, se você não quiser fazer parte, as pessoas (mesmo as da sua praia/tribo) quererão que você faça. E se você insistir em continuar tentando não fazer parte e escolher um caminho particular elas se sentirão ofendidas e te dirão “boas verdades”, porque você não tem esse direito, isto é, não tem o direito de não querer fazer parte e ficar no seu canto apenas fazendo o que quer e não fazendo o que não quer. Roda moinho, roda gigante, roda moinho, roda pião, o tempo levou...
Semana passada assisti ao “Baby Love”. O filme é baby e é love. Porque bonitinho e ordinário. Sessão da tarde com bons atores e tema que não é tão levinho quanto o filme se propõe a nos apresentar. Cheiiinho de clichês. “Fake” como diriam alguns freqüentadores das várias ilhas de caras fazendo pose de alternativos. Se não tiver o que fazer, compre um saco de pipocas e vá assistir, na saída você vai se perguntar: a Julia Roberts trabalhou nesse filme ou eu, ah, tipo assim, a vi em outro filme parecido com esse?
Uma moça simpática, a Dai, que eu não conheço pessoalmente, fez uma resenha/crítica bonita e precisa sobre meu livro. O blog dela se chama A FENIX APOPLÉTICA, O BLOG DA DAI e o endereço é: http://carva1.wordpress.com. Se tiver curioso dá uma passadinha lá para ler.
Um comentário:
vi o baby love tbm, tive a mesma impressão que vc. não chega lá. tenta ser um filme leve, com um tema nada leve. o namorado eh péssimo ator, e o tempo todo fiquei torcendo pela versão espanhola da juno. aquela espanhola é liiiiiinda!
Postar um comentário