Hoje depois do almoço sentei na frente da televisão para descansar. É incrível a quantidade de idiotice embalada como produto de qualidade que nos é oferecida pelos canais pagos. Assisti a um programa sobre como acelerar o metabolismo para emagrecer. Formato moderno, apresentador cheio de energia, sobrancelha feita, shortinho, tênis e camiseta. A parte o tema que já me faz sentir cansado só de ouvir, o conteúdo e as pessoas entrevistadas são algo ainda mais cansativo. O sujeito se diz infeliz porque já sabe que seu corpo jamais será como ele gostaria que fosse. É gordo, mas gostaria de ser magro, musculoso, barriginha tanquinho. Por isso corre, faz musculação, não come o que quer, mas sim o que acha que não engorda, se priva de quase todos os prazeres da vida e se sente infeliz, muito infeliz. Um sujeito perfeitamente integrado ao nosso tempo. Acredita cegamente na sua infelicidade. Pois eu acho que ele é um infeliz mesmo. Não porque não corresponde ao tipo propagado como perfeito, mas porque ele não usa a inteligência que eu acredito que tenha para entender que ele não precisa ser magro e musculoso para ser feliz. O óbvio. Mas como todo mundo está cansado de saber, o óbvio tem que ser dito e propagado com milhares de mega alto falantes. Dez minutos durou o programa para mim. No décimo primeiro cansei da conversa burra do cara e de vê-lo malhar ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas. Sem perceber adormeci por uma meia horinha. Coitado.
Uma das razões do porque gosto do inverno, é porque não sou obrigado a dividir o espaço dentro do vagão do metrô com ninguém usando camisetinha regata mostrando os pelos e cheirando a sovaco. Prefiro o cheiro da naftalina dos casacos retirados do fundo do armário. No inverno o mau gosto fica menos exposto. Até as garotas pançudas adeptas aos jeans de cintura baixa somem do mapa. Dão lugar a xales e casacões. Um amigo me disse que devo ter mais compaixão com os sem espelho. No inverno fica mais fácil.
Uma das razões do porque gosto do inverno, é porque não sou obrigado a dividir o espaço dentro do vagão do metrô com ninguém usando camisetinha regata mostrando os pelos e cheirando a sovaco. Prefiro o cheiro da naftalina dos casacos retirados do fundo do armário. No inverno o mau gosto fica menos exposto. Até as garotas pançudas adeptas aos jeans de cintura baixa somem do mapa. Dão lugar a xales e casacões. Um amigo me disse que devo ter mais compaixão com os sem espelho. No inverno fica mais fácil.
Um comentário:
uhauhauhahuauha
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