Assim como faço em São Paulo, aqui no Rio gosto de poder caminhar e descobrir a cidade. A percepção de proximidade com o cotidiano das outras pessoas me parece mais intensa na baixada fluminense. Pode ser por estar mais atento a nova paisagem, mas há uma “oferta” maior de tipos nas ruas. Expressões estranhas chamam atenção. Ontem presenciei um casal discutindo. Eu caminhava alguns metros na frente deles e não pude evitar (também não tentei, porque a discussão era interessantíssima). Depois de se acusarem mutuamente e chegarem a conclusão de que deveriam cada um tomar seu próprio rumo, a moça finalizou a discussão gritando o seguinte para o rapaz: “Me erra cara, me erra!”
Nas conversas, o que me enche muito o saco é a comparação entre as cidades. A supervalorização de uma em detrimento da outra. Detesto bairrismo e qualquer tipo de regionalismo. No que as cidades de São Paulo e Rio oferecem de melhor, elas são imbatíveis e ponto final. É isso o que vale. A diversidade faz a diferença, e os pontos negativos são muito parecidos. Na maioria das vezes são produtos do descaso dos governantes, problemas nacionais que se manifestam e apresentam de maneiras diferentes conforme a região do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário