14.12.08

SÓ CÓLERA.


Assisti em dvd o filme “O amor em tempos de cólera”. Romance que dispensa apresentação, já que qualquer pessoa que não tenha sofrido um naufrágio e vivido isolado numa ilha como o Tom Hanks viveu no filme “Náufrago”, tem obrigação de saber um pouco sobre a história. O romance do Gabriel Garcia Márquez fala de amor. Um homem que viveu mais de meio século esperando o amor de sua vida. No livro tudo parece mais real que no filme. Sei que essa crítica parece lugar comum quando alguém resolve fazer comparações entre romances e filme baseados nesses romances. Mas nesse caso é pura verdade. O filme é bem produzido, tem cenas muito bonitas, mas frustra o leitor, ops, quero dizer o espectador. O romance/escrito tem uma força que nem o ótimo Javier Bardem no filme consegue resgatar. Lembro-me que quando li o livro as cenas me pareciam reais, transbordavam em erotismo. No filme o erotismo se transformou em alguma coisa muito próxima do exótico. Deve ter custado uma fortuna filmá-lo, mas com todo respeito ao esforço feito, ficou faltando a riqueza de detalhes e imagens que o livro consegue despertar. Sofrível.

Um comentário:

Anônimo disse...

a imagem do 'apalavrado por escrito' é mágica insuperável. Nunca vi um filme com fotografia ou sensação melhor do que aquelas que os livros me põem na cabeça.
e ó que filme ainda junta trilha sonora..