Morar em Paris e não ir a exposições é o mesmo que ir ao Rio e não ir a praia, ou ainda passar por uma feira em São Paulo e não comer um pastel. Tem sempre uma logo na esquina de onde você estiver te convidando para entrar. Basta entrar (pagando antes, lógico). Então vamos lá. Vamos para elas. A do fotógrafo Kertèsz que está acontecendo no Jeu de Paume é uma excelente oportunidade para conhecer sua produção desde o comecinho da vida dele. Suas primeiras fotos, desde antes da primeira guerra que ele foi obrigado a participar e voltou ferido, estão lá e nos mostram com precisão a evolução de sua carreira. Os estudos, a comunicação com os artistas da época, o movimento surrealista, a fase das fotos distorcidas, a de Nova York (minhas preferidas), as revistas e etc...
Até o belíssimo filme no final da exposição que mostra ele em Paris novamente, cidade que o revelou para o mundo. Lógico que tem fotos que eu não admiro, mas não é isso o que está em questão, as fotos não estão lá somente para serem apreciadas, mas também para nos dizer que o que foi feito serviu para outros propósitos e para outros fotógrafos evoluírem. Logo no começo uma quantidade excessiva de fotografias em tamanho muito pequeno nos exaure.O problema todo (ou talvez uma postura positiva importante) é que a gente vai sempre a uma exposição com a expectativa aguçada e com vontade de gostar dela. Dificilmente a gente chega neutro no espaço. Afinal foi uma escolha e não uma imposição ir a tal exposição. E em alguns casos precisa se refazer logo depois de alguns minutos porque não está vendo o que esperava ver. Na exposição do Mondrian que acontece no Pompidou, entrei animado e fui murchando com o passar do tempo.
Mondrian não conseguiu me emocionar desde o início, e tem esse lado decoração em tudo o que ele fez que não me atrai e que contribui (no meu caso) para não conseguir valorizar a obra talvez como ela deva ser valorizada. Acompanham os trabalhos do Mondrian algumas obras de outros artistas holandeses que por vezes me pareceram muito mais interessantes do que a do próprio artista. O que fazer? Apertar o passo. Rápido, rápido, caminhar entre as obras ansioso para passar pelas salas e ir ainda mais rápido ver o acervo permanente do Pompidou que é repleto de arte contemporânea do tipo que alimenta os olhos e a alma. Ai que alívio. Está todo mundo lá. Você pode até não gostar de algumas delas, mas elas não te olham com indiferença decorativa do tipo, “vim para decorar esse canto da sala”, não, elas exigem que você as observe atentamente, te agridem, te amam, te mandam pensar antes de fazer algum comentário. Ok. Pode sair agora.
Até o belíssimo filme no final da exposição que mostra ele em Paris novamente, cidade que o revelou para o mundo. Lógico que tem fotos que eu não admiro, mas não é isso o que está em questão, as fotos não estão lá somente para serem apreciadas, mas também para nos dizer que o que foi feito serviu para outros propósitos e para outros fotógrafos evoluírem. Logo no começo uma quantidade excessiva de fotografias em tamanho muito pequeno nos exaure.O problema todo (ou talvez uma postura positiva importante) é que a gente vai sempre a uma exposição com a expectativa aguçada e com vontade de gostar dela. Dificilmente a gente chega neutro no espaço. Afinal foi uma escolha e não uma imposição ir a tal exposição. E em alguns casos precisa se refazer logo depois de alguns minutos porque não está vendo o que esperava ver. Na exposição do Mondrian que acontece no Pompidou, entrei animado e fui murchando com o passar do tempo.
Mondrian não conseguiu me emocionar desde o início, e tem esse lado decoração em tudo o que ele fez que não me atrai e que contribui (no meu caso) para não conseguir valorizar a obra talvez como ela deva ser valorizada. Acompanham os trabalhos do Mondrian algumas obras de outros artistas holandeses que por vezes me pareceram muito mais interessantes do que a do próprio artista. O que fazer? Apertar o passo. Rápido, rápido, caminhar entre as obras ansioso para passar pelas salas e ir ainda mais rápido ver o acervo permanente do Pompidou que é repleto de arte contemporânea do tipo que alimenta os olhos e a alma. Ai que alívio. Está todo mundo lá. Você pode até não gostar de algumas delas, mas elas não te olham com indiferença decorativa do tipo, “vim para decorar esse canto da sala”, não, elas exigem que você as observe atentamente, te agridem, te amam, te mandam pensar antes de fazer algum comentário. Ok. Pode sair agora.
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