Como é que você, caro amigo e leitor deste blog, consegue distinguir o que é ficção do que é realidade? Eu não perco mais o meu tempo tentando fazer essa distinção. As histórias, tanto as vividas como as imaginadas fazem parte de uma única realidade, uma espécie de não lugar, onde convivem tanto o que vejo como o que sinto e ainda a tradução e interpretação dos pensamentos oriundos desse não lugar.
Esta semana caminhei muito e vi mais algumas exposições. Uma pequena sobre Mahler que está acontecendo no Musée D’orsay e outra no MAM daqui, do pintor holandês Kees van Dongen. A temperatura subiu e a cidade te convida a caminhar e a explorá-la. Descobri que desde que cheguei aqui perdi 6 quilos. Mas como, se minha dieta é basicamente feita de tudo que eu tenho vontade de comer, não evito nada, não me controlo e como e bebo muito praticamente todos os dias? As caminhadas, plus subir e descer as escadas da Sorbonne, deve ter sido essa a receita milagrosa.
Passarela sobre o Sena.
A exposição do compositor Mahler é bem feita e tudo e tal, mas poderia ter sido feita no hall de entrada de qualquer sala de concertos, já que pequena e essencialmente feita de fotos, cartas e poucas telas. A do Kees van Dongen no MAM é uma maravilha, para mim uma grande descoberta, mais de 90 telas de diferentes estilos e fases vividas pelo pintor. Van Dongen era um rebelde e não se ligava muito a uma coisa chamada coerência de estilo. Gosto disso quando se trata de artistas, seja qual for o seu métier. Ele foi fazendo as coisas de acordo com sua vontade e interesse. O resultado é surpreendente. Cada vez mais me convenço de que esses pintores belgas e holandeses trazem no dna um talento para a pintura que os diferencia de todo o resto. Pense apenas em Van Gogh, Rembrandt, Rubens, Bosch, Van Eyck ou Van der Weiden.
Fotografei esse Zeppelin logo de manhã quando chegava na universidade
Hoje quando acordei notei que meu relógio de pulso havia parado de trabalhar por volta das 5 horas da manhã. Fui para a aula e comentei com um amigo. Ele me informou que o dele também havia parado aproximadamente na mesma hora que o meu. Ele brincou comigo e disse que talvez fosse efeito de alguma nuvem radioativa vinda do Japão. No final da noite vindo para casa, por acaso no metrô encontrei com Jasmim, de quem já falei aqui. Conversamos um pouco e ela comentou comigo que o seu relógio havia parado. Não sei se uma nuvem radioativa faz relógios pararem, mas a partir daí comecei a desconfiar que talvez meu amigo tivesse razão. É muita coincidência. Antes de entrar em casa me lembrei que tem um relojoeiro bem do lado de casa. É uma portinha com um espaço mínimo que eu por vezes paro para observar um senhor de cabelos brancos e olhos muitos claros que passa o tempo debruçado sobre os relógios que conserta. Entrei, ele me atendeu muito bem e disse que hoje já havia trocado mais de seis baterias, o que muitas vezes precisa de todo um mês para fazer. Será? Os relógios vão parar antes do mundo acabar? Um aviso?
Esta semana caminhei muito e vi mais algumas exposições. Uma pequena sobre Mahler que está acontecendo no Musée D’orsay e outra no MAM daqui, do pintor holandês Kees van Dongen. A temperatura subiu e a cidade te convida a caminhar e a explorá-la. Descobri que desde que cheguei aqui perdi 6 quilos. Mas como, se minha dieta é basicamente feita de tudo que eu tenho vontade de comer, não evito nada, não me controlo e como e bebo muito praticamente todos os dias? As caminhadas, plus subir e descer as escadas da Sorbonne, deve ter sido essa a receita milagrosa.
Passarela sobre o Sena.
A exposição do compositor Mahler é bem feita e tudo e tal, mas poderia ter sido feita no hall de entrada de qualquer sala de concertos, já que pequena e essencialmente feita de fotos, cartas e poucas telas. A do Kees van Dongen no MAM é uma maravilha, para mim uma grande descoberta, mais de 90 telas de diferentes estilos e fases vividas pelo pintor. Van Dongen era um rebelde e não se ligava muito a uma coisa chamada coerência de estilo. Gosto disso quando se trata de artistas, seja qual for o seu métier. Ele foi fazendo as coisas de acordo com sua vontade e interesse. O resultado é surpreendente. Cada vez mais me convenço de que esses pintores belgas e holandeses trazem no dna um talento para a pintura que os diferencia de todo o resto. Pense apenas em Van Gogh, Rembrandt, Rubens, Bosch, Van Eyck ou Van der Weiden.
Fotografei esse Zeppelin logo de manhã quando chegava na universidade
Hoje quando acordei notei que meu relógio de pulso havia parado de trabalhar por volta das 5 horas da manhã. Fui para a aula e comentei com um amigo. Ele me informou que o dele também havia parado aproximadamente na mesma hora que o meu. Ele brincou comigo e disse que talvez fosse efeito de alguma nuvem radioativa vinda do Japão. No final da noite vindo para casa, por acaso no metrô encontrei com Jasmim, de quem já falei aqui. Conversamos um pouco e ela comentou comigo que o seu relógio havia parado. Não sei se uma nuvem radioativa faz relógios pararem, mas a partir daí comecei a desconfiar que talvez meu amigo tivesse razão. É muita coincidência. Antes de entrar em casa me lembrei que tem um relojoeiro bem do lado de casa. É uma portinha com um espaço mínimo que eu por vezes paro para observar um senhor de cabelos brancos e olhos muitos claros que passa o tempo debruçado sobre os relógios que conserta. Entrei, ele me atendeu muito bem e disse que hoje já havia trocado mais de seis baterias, o que muitas vezes precisa de todo um mês para fazer. Será? Os relógios vão parar antes do mundo acabar? Um aviso?
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