Pensar paralisa as ações. Posso pensar e fazer coisas diferentes ao mesmo tempo, mas quando quero resolver questões específicas percebo que tenho uma tendência a ficar parado. Não faço outra coisa a não ser refletir sobre o assunto. Conhecedor dessa minha tendência me forço a caminhar. Assim não me sinto como uma pedra imóvel e uso os passos para gerar energia. Ontem sai daqui depois das 14 horas e atravessei a cidade de uma ponta à outra. Paris é convidativa. Não tem ladeiras, é plana e tudo fica mais fácil. Mas com a entrada da primavera e do bom tempo a cidade começa a ficar lotada, os cafés onde antes encontrávamos lugar facilmente para sentar e ler algum jornal, agora estão cheios de turistas. Turistas. Um capítulo a parte. Os bancos das praças também estão ocupados, a cidade está ocupada.
Entrei numa dessas salas de cinema onde são exibidos filmes de grandes diretores para descansar um pouco. Assisti a um filme que não conhecia do Fassbinder. O título traduzido para o português deve ser “Eu só quero ser amado por vocês” não sei o título que saiu no Brasil O filme é bom, conta história de um sujeito que por querer ser amado a todo custo faz dívidas o tempo todo e tem conflitos de imagem com pai e mãe, origem de toda essa necessidade de ser amado de qualquer maneira. Mas de alguma forma ficou datado, não o temática, mas o formato, e também as interpretações dos atores, estáticos e um pouco caricatos como no teatro (quando ruim). Algumas cenas teriam bastado por si só, o diálogo explicativo torna-se supérfluo. Outros tempos, outro jeito de se fazer cinema, talvez um Fassbinder mais placativo do que sensitivo, sei lá, algo enquadrado demais para o meu gosto. A sala estava lotada e era climatizada. No início do filme devo ter cochilado, mas depois consegui me concentrar e ir até o final.
Hoje almocei com amigos na casa de um deles. Almoço de páscoa, tartar de salmão de entrada, cordeiro assado com pequenas batatas e cebolinhas e sobremesa de frutas vermelhas mergulhadas em rum. Durante o almoço bebemos vinho, mais vinho, mais um pouco de vinho e para terminar mais uma garrafa de vinho. A ressurreição de cristo foi comemorada e no fim do almoço um pouco desse alívio contagiou o ambiente. Uma brisa fresca entrou pela janela e eu pude senti-la alisando meu rosto.
Sensação de que o ano novo está começando agora.
Entrei numa dessas salas de cinema onde são exibidos filmes de grandes diretores para descansar um pouco. Assisti a um filme que não conhecia do Fassbinder. O título traduzido para o português deve ser “Eu só quero ser amado por vocês” não sei o título que saiu no Brasil O filme é bom, conta história de um sujeito que por querer ser amado a todo custo faz dívidas o tempo todo e tem conflitos de imagem com pai e mãe, origem de toda essa necessidade de ser amado de qualquer maneira. Mas de alguma forma ficou datado, não o temática, mas o formato, e também as interpretações dos atores, estáticos e um pouco caricatos como no teatro (quando ruim). Algumas cenas teriam bastado por si só, o diálogo explicativo torna-se supérfluo. Outros tempos, outro jeito de se fazer cinema, talvez um Fassbinder mais placativo do que sensitivo, sei lá, algo enquadrado demais para o meu gosto. A sala estava lotada e era climatizada. No início do filme devo ter cochilado, mas depois consegui me concentrar e ir até o final.
Hoje almocei com amigos na casa de um deles. Almoço de páscoa, tartar de salmão de entrada, cordeiro assado com pequenas batatas e cebolinhas e sobremesa de frutas vermelhas mergulhadas em rum. Durante o almoço bebemos vinho, mais vinho, mais um pouco de vinho e para terminar mais uma garrafa de vinho. A ressurreição de cristo foi comemorada e no fim do almoço um pouco desse alívio contagiou o ambiente. Uma brisa fresca entrou pela janela e eu pude senti-la alisando meu rosto.
Sensação de que o ano novo está começando agora.
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