2.9.08

CAFÉ ANASTRÓFICO

Se tudo é relativo, me pergunto: Devo ou não devo me preocupar com o que se passa ao meu redor? Se queimo minhas calorias pensando sobre política, por exemplo, muda alguma coisa? E sobre mim mesmo? Tem algum resultado prático se conhecer e saber dos defeitos e virtudes que formam a minha pessoa? E se eu não quiser mais prestar atenção em nada? Não me importar com os outros? E se simplesmente deixar a vida me levar? A vida leva eu? Para que lugar?

Fecho os olhos.
Itália.
Ruelas, cafés, praças, artes, monumentos, museus, o mar, a comida, o vinho, os cheiros, os cabelos, os olhos, os rostos, os corpos.
Os rostos.
Os corpos.

Há muita coisa dentro de mim que desconheço.
Lugares e pessoas que não convidei para entrar.
Descobri hoje de manhã, que posso não ser quem pensei ser.
Sou talvez uma outra pessoa, alguém que não gosto de ser.
Vou para outro lugar.
Quero ser outro ser.
Descobrir que posso gostar.
De outro lugar.
E de outro ser.

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