27.9.08

NA CIDADE

De volta a São Paulo.

O lançamento do “Contos Indiscretos” em Juiz de Fora me surpreendeu. Não esperava a carinhosa receptividade das pessoas e a boa receptividade da mídia local. É bom ver tanta gente querendo saber e se informando sobre o livro. Isso é bom em qualquer lugar, mas quando não conhecemos muita gente na cidade a felicidade é ainda maior. Se possível, farei o lançamento do próximo livro novamente em Juiz de fora. Porque adorei as pessoas e quero ver mais da cidade. Agradeço muito aos que organizaram o lançamento por lá, especialmente ao querido Jean Menezes do Carmo e ao Carlos Henrique Saldanha. Aliás, para quem não sabe, o Jean tem um sebo de dar água na boca de qualquer pessoa que gosta de livros. O sebo dele fica numa galeria, na Avenida Barão de Rio Branco 2067, loja 5, e se chama D.Pedro II. Passem lá para conferir.

Na viagem de volta (voltei pelo Rio), algo incomum: no avião, todas as pessoas que estavam sentadas ao meu lado estavam lendo. A minha esquerda, um casal, ela brasileira e ele inglês, liam Paul Auster, ela, o último dele, ele, o penúltimo. Batemos um papinho curto e ela me disse que a avó dela que havia recomendado os livros. No corredor eu lia o Sandor Marai que já comentei aqui. A minha esquerda, uma mocinha lia Rosamund Pichler, não guardei o título, sei que tinha “concha” no fim. Ao lado dela um casal de idade, ele lia “1808”, ela o livro da Maitê Proença. Bom ver gente lendo para passar o tempo, dá uma esperaaaaaaaança.

Fiquei um dia no Rio. Choveu muito, então o programa era ficar dentro dos lugares, e para mim, ficar dentro dos lugares é entrar em livrarias e cafés. Melhor ainda quando o café é dentro da livraria. Boa essa idéia, café/livraria. A Livraria da Travessa onde lancei o meu livro em Agosto tem essa dobradinha. A noite fui ao Teatro Municipal assistir a um concerto a convite de um amigo. A programação: Debussy e Holst. Não conhecia a obra do último, difícil, mas muito interessante. Ouvi “The Planets Suíte” Muito trombone e instrumentos de sopro, duas harpas, baterias e etc... Incomum. Não sei se estou certo afirmando o que vou afirmar, mas acho que ele ouviu muito Bruckner quando criança. Para mim a influência desse austríaco na musica dele foi sensivelmente clara. Mas isso eu deixo para os críticos de música, o que importa é que a música do Holst é igualmente boa.

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