Desde o inicio do ano até o momento, li mais livros do que em todo o ano passado. Não falo isso para me gabar de nada, apenas como introdução para o que vou dizer a seguir. Acabei de ler “O encantamento de Lily Dahl” de Siri Hustvedt.
Ela é mulher do Paul Auster, escritor que gosto muito. Comprei o livro muito curioso para saber como ela escreve. Se parecido com o estilo do maridão, se sabe contar histórias como ele e etc. Cheguei a conclusão que ela escreve muito bem, sabe contar histórias, entreter o leitor e o final do livro em questão é melhor que muitos dos finais de alguns dos livros do Auster que já li. E tem mais, me impressiona a fluidez e a secura, quase trezentas páginas e nenhum lenga lenga, vai no ponto certo, encurta caminhos para dizer o que quer dizer. Aí fiquei pensando como deve ser quando estão trabalhando. A troca de idéias, “escreve assim, não não, escreve assim que fica melhor”, enfim, a intimidade do casal enquanto escritores. Também gostaria de ter essa troca. Escrever e perguntar, querer saber o que o outro pensa com o texto saindo do forno, ouvir críticas, discutir formas narrativas e etc. Não deve ser fácil. Mas deve ser bom, não sei como é com outros escritores, mas as vezes um bom argumento crítico pode dar outro impulso ao texto. Entretenimento. O encantamento da Siri Hustvedt está aí, ela encanta o leitor com sua escrita.
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