4.2.09

AI QUE NOJO!

Não tem nada mais antigo e fora de lugar do que trote de calouro. Estava parado no cruzamento da avenida Higienópolis com Sabará quando fui abordado por alguns calouros melados de tinta/ovos/farinha me pedindo prenda ou “qualquer coisa”, ou “uma moedinha” ou ou ou . Lembrei que quando entrei na faculdade, eu consegui escapar. Não sei como, mas não sofri essa tortura imbecil. Que coisa mais chata e sem graça. Até tem uns calourinhos bonitinhos que se bobear dá para levar para casa como prenda, mas com aquele cheiro e sujeira, prefiro nem abrir o vidro do carro. Acho que trote de calouro dá para servir de parâmetro para medir nível cultural de um país. Não sei de nenhum outro que comemora o ingresso na universidade com essa delicadeza. Enfim, acho uma bobagem.

Antes de ontem assisti a um programa na tv aberta que nos revelava como os animais que servem de comida para a gente são tratados antes de virarem os produtos expostos nas prateleiras dos supermercados. Não agüentei ver. Aflição, pena, revolta, nojo e por fim ânsia foi o que o programa me causou. Sou carnívoro. Então hoje fui almoçar com um amigo num restaurante vegetariano. Foi bom, comidinha leve e gostosa, verdinha, arroz integral, feijão bem temperadinho, soja. Sei que em alguns dias vou ter vontade de comer carne bovina de novo. E frango. E ovos. E alguns torresminhos. Não adianta. Mas o programa conseguiu me fazer pensar a respeito dos métodos (?). Continuo pensando. Porém, quando a fome apertar e se juntar com a vontade, e a vontade se juntar com minha gulodice, vai ser difícil eu não comer os bichinhos.

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