Ontem na hora do almoço entre uma aula e outra fui com amigos ver a exposição do Jean Michel Basquiat no MAM daqui. Fila na bilheteria, fila para comprar os livros dele e muita gente nas salas. Mais de uma centena de quadros foram expostos e muito bem distribuídos e agrupados, seguindo datas e galeristas que o acompanharam. Não gosto de tudo o que vi, mas gosto de grande parte das suas obras. Basquiat ao contrário do que muita gente pensa não saiu do nada, era filho de uma família de classe média do Bronx, mãe e pai instruídos, teve acesso a cultura e desde criança visitou com sua mãe museus e galerias de arte. Nas telas muita violência, morte, injustiça social e racismo, retrato de América de sua época (e desde sempre). A leitura que faço de suas obras não é de caos, ou de alguém que pintou as telas como se estivesse em transe, mas as cores que dão forma a muitos signos e símbolos aparentemente sem sentido, são produto de reflexão e de uma consciência estética muito bem preparada. Saí da exposição exausto. Cada um daqueles quadros exige do visitante paciência e concentração, são muitas as informações neles contidas. Entre as obras algumas feitas com Andy Warhol, e uma especialmente boa é a leitura feita de Warhol por Basquiat, uma banana semi descascada com um pedaço da fruta ainda dentro da casca onde não se vê nenhum rosto, mas o pedaço da fruta sobressalente é a cabeça do Warhol. Alguns desenhos agrupados têm uma força estética muito forte, mesmo que quando de perto para nós não fazem sentido, o conjunto e o agrupamento é impressionante. Não é possível visitar a exposição e dizer que ela é linda, não é o belo o que se vê nas suas telas e nem acredito que ele estivesse preocupado com isso, mas a produção de um artista urbano inovador, sem comparativos, um misto de pintura figurativa expressionista que deu forma a sua energia criando obras sem nenhuma preocupação com a estética pré existente, por isso mesmo genial. A exposição fica até 30 de janeiro de 2011, vale a pena ver de perto.
21.10.10
J. M. BASQUIAT
Ontem na hora do almoço entre uma aula e outra fui com amigos ver a exposição do Jean Michel Basquiat no MAM daqui. Fila na bilheteria, fila para comprar os livros dele e muita gente nas salas. Mais de uma centena de quadros foram expostos e muito bem distribuídos e agrupados, seguindo datas e galeristas que o acompanharam. Não gosto de tudo o que vi, mas gosto de grande parte das suas obras. Basquiat ao contrário do que muita gente pensa não saiu do nada, era filho de uma família de classe média do Bronx, mãe e pai instruídos, teve acesso a cultura e desde criança visitou com sua mãe museus e galerias de arte. Nas telas muita violência, morte, injustiça social e racismo, retrato de América de sua época (e desde sempre). A leitura que faço de suas obras não é de caos, ou de alguém que pintou as telas como se estivesse em transe, mas as cores que dão forma a muitos signos e símbolos aparentemente sem sentido, são produto de reflexão e de uma consciência estética muito bem preparada. Saí da exposição exausto. Cada um daqueles quadros exige do visitante paciência e concentração, são muitas as informações neles contidas. Entre as obras algumas feitas com Andy Warhol, e uma especialmente boa é a leitura feita de Warhol por Basquiat, uma banana semi descascada com um pedaço da fruta ainda dentro da casca onde não se vê nenhum rosto, mas o pedaço da fruta sobressalente é a cabeça do Warhol. Alguns desenhos agrupados têm uma força estética muito forte, mesmo que quando de perto para nós não fazem sentido, o conjunto e o agrupamento é impressionante. Não é possível visitar a exposição e dizer que ela é linda, não é o belo o que se vê nas suas telas e nem acredito que ele estivesse preocupado com isso, mas a produção de um artista urbano inovador, sem comparativos, um misto de pintura figurativa expressionista que deu forma a sua energia criando obras sem nenhuma preocupação com a estética pré existente, por isso mesmo genial. A exposição fica até 30 de janeiro de 2011, vale a pena ver de perto.
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