20.1.05

AMIGOS DO PEITO.









Por volta das três horas da manhã abri
os olhos e não mais consegui adormecer.
Sonâmboliei pelo apartamento e me acomodei
na poltrona da sala. Ali fiquei em silêncio.
Por alguns minutos deixei-me alisar pela
brisa fresca que circulava ao redor do meu corpo.
Um recado. Era isso. Minh’alma queria
dizer-me alguma coisa. Fechei os olhos e
tentei auscultar palavras de dentro do vasto
peito da escuridão. Nada, exceto o silêncio.
Talvez na próxima madrugada, e, se
novamente não for possível auscultá-las,
então tentarei nas seguintes.
Escuridão e silêncio, amigos fiéis,
estarão a minha espera.

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