QUANDO EU ME CANSAR...
E quando eu me cansar,
serei então,
o homem
que sempre quis ser.
Simples,
sem desejos,
sem ambições.
Serei mais um
que atravessa a rua
a segurar o guarda chuva,
a sacola plástica do supermercado,
o filão de pão,
os cigarros,
a garrafa de aguardente.
Serei também,
um a menos que deixou de insistir,
e ainda,
um a menos
que deixou de existir.
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