Então você avança. Recua. Avança novamente. Acha que deu passos para frente e na verdade estava parado enquanto tudo ao redor se movimentava. Desconfiado olha para trás novamente. Certifica-se que deu sim passos, evoluiu, chegou perto ainda não sabe do que, não foi somente uma sensação, mas movimentos reais. E agora está num ponto de revelação, palavras dançam como labaredas no seu cérebro e te informam que toda a vez que houve movimento foi por amor. O resto é doença, voltas atrás do próprio rabo e involução.
Missa de sétimo dia de um querido amigo. Igreja da Consolação. Imagens e santos cobertos de roxo. Alguém me diz que é por causa da quaresma. Fecho os olhos. Rezo. Sim, acredito. Tenho fé, mas a razão interfere. Não temo. Dialogo com forças que não compreendo. Do meu jeito, sem regras, instituições. Dogmas somente os óbvios, lá onde a razão e a ciência não conseguem chegar e minha cabeça dá um nó, então cedo. Não permito que a descrença me infecte. Prefiro assim. Gosto de acreditar e me proteger de mim mesmo.
Missa de sétimo dia de um querido amigo. Igreja da Consolação. Imagens e santos cobertos de roxo. Alguém me diz que é por causa da quaresma. Fecho os olhos. Rezo. Sim, acredito. Tenho fé, mas a razão interfere. Não temo. Dialogo com forças que não compreendo. Do meu jeito, sem regras, instituições. Dogmas somente os óbvios, lá onde a razão e a ciência não conseguem chegar e minha cabeça dá um nó, então cedo. Não permito que a descrença me infecte. Prefiro assim. Gosto de acreditar e me proteger de mim mesmo.