9.1.09

DIFERENÇAS E ACHADOS

Hoje caminhei, caminhei, caminhei, sob o calor da tarde, e para ir de um lugar ao outro utilizei o metrô, as calçadas, atravessei ruas. Curioso como a gente está no meio de tanta gente enquanto é transportado, mas ao mesmo tempo está sozinho e carrega dentro de si tantos pensamentos em silêncio enquanto se transporta. Acho que qualquer um de nós dá um grande passo na evolução individual, quando percebe a profunda diferença que há entre os seres humanos e nem por isso se sente mais ou menos do que o outro. Só constata que é diferente. Parece fácil e óbvio, e é mesmo óbvio, mas na prática cada um de nós se acha especial e então a coisa complica. Carregamos diferentes pensamentos, atitudes, afetos, medos, raivas, amores, todo um universo particular que só é percebido quando revelado pela palavra enquanto nos relacionamos. Dentro de nós tudo parece se encaixar, ter uma lógica, mas quando o que era interno vai para o lado externo nem sempre as peças encontram seu encaixe.

Depois de dias fuçando e sem saber o que queria ler, comprei um pequeno romance chamado “O fim do alfabeto” de um autor para mim desconhecido, chamado CS Richardson. Comecei a ler ainda na livraria, depois falo mais dele.

De carona comprei também o “Três vidas” da G. Stein, que faz parte da bonita coleção de capa dura que a Editora Cosac e Naify vem lançando. Tenho os outros, como, por exemplo, os contos da Virgina Woolf. A coleção é linda, não dá para resistir.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já leu os livros do moçambicano Mia Couto? Leitura da melhor qualidade. Horas de puro deleite. Experimenta e volta aqui pra comentar..