Sou talvez uma das únicas pessoas que conheço (será mesmo que me conheço?) que quase não se lembra dos sonhos que teve. Quase a maioria diz que sonha toda noite e se lembra perfeitamente do sonho. Talvez porque eu demoro tanto tempo para pegar no sono, que quando chega a hora deles entrarem dentro da sala de projeção do meu cérebro já está quase amanhecendo. E como todo mundo sabe para se sonhar é imprescindível o escurinho. Até consigo me lembrar que sonhei, mas logo as imagens e lembranças se desfazem. Mas essa semana dois sonhos não dissolveram já nas primeiras horas da manhã. Ficaram e me acompanharam durante o resto do dia. Não vou contá-los porque alguém poderia ter a idéia de me internar, mas foi bom me sentir incluído na maioria. Não que eu não desfrute do fato de pertencer à minoria dos “sem sonhos”. Mas por algumas horas pude ficar pensando a respeito, fazendo análises menos ou mais profundas sobre as imagens e diálogos que vi e ouvi, e como a maioria dos “com sonhos” não chegar à conclusão nenhuma. Inúmeras hipóteses e teorias, mas realmente nenhuma certeza do significado daquele filme particular em que fui o ator principal. Acho que prefiro continuar no grupo dos “sem sonhos”. Pelo menos conscientemente não consigo ver vantagem nenhuma em sonhar. É apenas mais uma pedra para retirar do caminho cheio de pedrinhas que percorro durante o dia, e para quem quase todo o tempo anda descalço, isso já é uma grande coisa.
Um comentário:
Sonhei consigo :)
Je bois
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