7.1.09

SEGMENTOS

Não gosto muito da forma como o Manoel Carlos está contando a história da Maysa. De trás para frente, por meio das lembranças do seu marido, Andre Matarazzo. Não sei o que ainda realmente me incomoda, talvez os cortes, ou os diálogos repletos de frases de efeito para melhor demonstrar a personalidade forte dela. Teria preferido ver a história contada com começo/meio/fim. Mas vou continuar assistindo, me interessa. E gosto da produção e da bela fotografia e luz da minissérie. E lógico, das músicas e do vozeirão da Maysa. Já havia me esquecido de um detalhe da minha vida. Quando Maysa morreu naquele acidente de carro, eu era adolescente e estava pela primeira vez no Rio de Janeiro, precisamente em Jacarepaguá, de férias na casa de uns amigos dos meus pais. Lembro deles comentando e da tristeza que contagiou todos. Nem me recordava mais disso. Só agora assistindo a minissérie é que essa passagem da minha vida me veio a cabeça. E outras cositas também que fizeram parte daquele verão. Bom quando a gente ainda está apenas começando. Não tem muita experiência, tudo é novidade, os sentidos estão desprotegidos, a curiosidade aguçada... Faz tempo.

Desde sexta feira quando voltei de viagem já fui duas vezes à livraria e voltei com as mãos vazias. Não sei o que está acontecendo. Entro, olho tudo, leio as centenas de títulos e... nada. Amanhã vou fazer mais uma tentativa.

Meus pensamentos ainda estão segmentados. Meu corpo anda duvidoso. Quero, não quero, quero, não quero. O meio da semana chegou, já trabalhei bastante e tento comer menos. Desintoxicar e recomeçar são as palavras que me vêem a cabeça.

Palestinos e Israelenses.
Pessoas de fé. Não quero nenhuma explicação racional. Não consigo ver desse jeito. E não quero aprender a entender o conflito historicamente. Penso nas vidas dos cidadãos dos dois lados. O tempo que Deus lhes deu para viver.

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