29.8.09

IMPRESSÕES

Quando reencontro alguém que durante algum tempo fez parte do meu cotidiano, mas que por algum motivo deixou de participar, demoro um pouco para atualizar a memória com os detalhes que compunham a personalidade do sujeito. O primeiro sentimento é de ah que bom te encontrar, depois a conversa começa, as perguntas, e os pedaços de lembranças daquele tempo que ficou para trás vão se unindo e pronto, a pessoa que está ali na minha frente, é novamente aquela com quem eu convivia. Nem sempre incompatibilidades ditam desencontros e distanciamentos. Gente se une e desune por inúmeras razões. Ontem no lançamento do livro do João Silvério Trevisan encontrei muita gente que não via há bastante tempo. Uns continuam exatamente iguais em gênero, número e grau, outros mudaram a cor do cabelo, outros ainda fazem questão de afirmar que mudaram e que sou eu quem não tenho sensibilidade para perceber a mudança, e outros mudaram tanto que nem com uma lupa eu os reconheceria. Mas a sensação que tenho depois desses reencontros é a de que por dentro todo mundo continua igual, raramente as pessoas fazem mudanças interiores que as modificam na essência.

Obs: me esforço para enxergar o próprio rabo, acredito que alguns devem ter tido o mesmo tipo de pensamento em relação a mim, é só uma constatação, não uma crítica.

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