No final da manhã quando passava em frente à escola de belas artes vi o anúncio da exposição dos melhores trabalhos dos alunos. Entrei no prédio, um pouco por curiosidade, e outro pouco, confesso, em busca de temperatura mais amena (32 graus por volta das 11:30). Não precisei de muito tempo para me desinteressar pelas obras. Ainda bem que a exposição era gratuita, do contrário teria me arrependido por cada centavo pago para ver o que vi. Não pude fotografar, para sorte de vocês, seguidores deste blog. Ok, são estudantes, gente em formação. Assim espero.
Para hoje são esperados 37 graus por volta da hora do almoço. O jeito é ficar em casa se não quiser torrar sob o sol e só sair da toca depois que ele se pôr. Ganhei um livro ontem “Le tigre blanc” (O tigre branco), de Aravid Adiga um escritor que ainda não conhecia, um indiano, jornalista, que ganhou o Booker Prize com este romance. Comecei a ler ontem e me parece bom, estou gostando. Narra a história de um sujeito que envia uma carta para o primeiro ministro da China que está para fazer uma visita à Índia. Através da carta o sujeito vai revelar a Índia não oficial ao primeiro ministro (e a nós leitores).
Não importa onde estamos, a gente carrega nosso próprio mundo dentro de nós, não há como fugir das lembranças e histórias que marcaram nossas vidas. Quando fazia o percurso entre a Rive Gauche e a Droite cruzei com essa pedinte na rua e imediatamente me lembrei de uma velhinha imigrante armênia que morava no porão de uma casa vizinha a casa onde nasci e cresci. Ela se chamava Ãntaram e como meus avós, se refugiou no Brasil fugindo dos turcos no início do século passado. Eu e minhas irmãs tínhamos medo dela, que no final da tarde saía de seu quartinho para varrer a calçada da nossa rua. Penso nela com uma certa melancolia e tristeza, lembro-me que minha mãe a tratava com muito respeito e carinho enquanto nós preferíamos evitar a proximidade. Abaixo a foto dessa pedinte, que imagino também ser uma imigrante pobre, mas que nada tem a ver com a realidade da nossa vizinha. Alguns metros adiante encontrei mais uma, e já do outro lado da ponte encontrei outra também igualzinha. Acredito que elas fazem parte de uma rede organizada de velhas imigrantes pedintes ou qualquer coisa parecida.
Para não terminar o post com melancolia, abaixo algumas fotos da cidade para matar (ou ficar com) a saudade.
Para hoje são esperados 37 graus por volta da hora do almoço. O jeito é ficar em casa se não quiser torrar sob o sol e só sair da toca depois que ele se pôr. Ganhei um livro ontem “Le tigre blanc” (O tigre branco), de Aravid Adiga um escritor que ainda não conhecia, um indiano, jornalista, que ganhou o Booker Prize com este romance. Comecei a ler ontem e me parece bom, estou gostando. Narra a história de um sujeito que envia uma carta para o primeiro ministro da China que está para fazer uma visita à Índia. Através da carta o sujeito vai revelar a Índia não oficial ao primeiro ministro (e a nós leitores).
Não importa onde estamos, a gente carrega nosso próprio mundo dentro de nós, não há como fugir das lembranças e histórias que marcaram nossas vidas. Quando fazia o percurso entre a Rive Gauche e a Droite cruzei com essa pedinte na rua e imediatamente me lembrei de uma velhinha imigrante armênia que morava no porão de uma casa vizinha a casa onde nasci e cresci. Ela se chamava Ãntaram e como meus avós, se refugiou no Brasil fugindo dos turcos no início do século passado. Eu e minhas irmãs tínhamos medo dela, que no final da tarde saía de seu quartinho para varrer a calçada da nossa rua. Penso nela com uma certa melancolia e tristeza, lembro-me que minha mãe a tratava com muito respeito e carinho enquanto nós preferíamos evitar a proximidade. Abaixo a foto dessa pedinte, que imagino também ser uma imigrante pobre, mas que nada tem a ver com a realidade da nossa vizinha. Alguns metros adiante encontrei mais uma, e já do outro lado da ponte encontrei outra também igualzinha. Acredito que elas fazem parte de uma rede organizada de velhas imigrantes pedintes ou qualquer coisa parecida.
Para não terminar o post com melancolia, abaixo algumas fotos da cidade para matar (ou ficar com) a saudade.
Um comentário:
Que lindas fotos K! Aguardo Miguel em sua praça para o bonjour.
Beijus querido.
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