Num desses sebos, não me lembro agora qual porque há tantos nessa cidade encantada, encontrei um livro de entrevistas com escritores da geração beat. Comecei a folheá-lo e fiquei com uma resposta de Jack Kerouac engasgada na garganta até esse momento em que escrevo este post. Marc Wallace do New York Post o indaga sobre a vida, diz que não o sente feliz apesar de pouco antes tê-lo ouvido afirmar que estamos/vivemos todos no paraíso. Kerouac confirma sua tristeza e responde mais ou menos assim: se eu pudesse me agarrar ao que eu sei... Acertou na mosca, e nesse caso eu sou a pobre mosca, porque durante quase todo o dia perambulei tonto com o peso dessas palavras, refletindo sobre elas. Pergunto-me se posso me agarrar ao que sei. Dar um fim à vida vivida, quero dizer, me agarrar as experiências e praticá-las no dia a dia. Evidente que nem tudo que vivemos tem uma função de aprendizado com objetivos definidos, experimentamos também o prazer pelo prazer, o saber pelo saber, o viver ao Deus dará, não somos máquinas armazenadoras de saber a serviço de alguma coisa. Eu que o diga com seis planetas na casa 5 e em aquário! Sobretudo gostaria de perceber essas experiências nos momentos em que elas se fazem necessárias, agir sem refletir sobre o que ou como lidar com algumas questões que me provocam desconforto. Sei que é possível. Faço esse exercício de vez em quando. Agora pouco enquanto voltava para casa, prometi a mim mesmo que me esforçarei para agrupar minhas experiências e dar um formato a elas. Quero ser a expressão desse formato, corpo, alma,voz. Ou será que de qualquer forma somos o resultado delas e só não conseguimos percebê-las em nós? Porque é freqüente identificar no outro o que ele mesmo não vê em sí. Bem como é freqüente servir de exemplo para um terceiro e ser reconhecido por adjetivos que não conseguimos identificar em nós. Não. Não bebi nada antes de começar a escrever esse post, o dia está lindo, o céu azul e a temperatura ultrapassa os 30 graus. Vesti uma bermuda e uma sandália e vou voltar para rua, agora firmemente disposto a fazer valer esse novo formato.
7.7.10
JUNKBOX
Num desses sebos, não me lembro agora qual porque há tantos nessa cidade encantada, encontrei um livro de entrevistas com escritores da geração beat. Comecei a folheá-lo e fiquei com uma resposta de Jack Kerouac engasgada na garganta até esse momento em que escrevo este post. Marc Wallace do New York Post o indaga sobre a vida, diz que não o sente feliz apesar de pouco antes tê-lo ouvido afirmar que estamos/vivemos todos no paraíso. Kerouac confirma sua tristeza e responde mais ou menos assim: se eu pudesse me agarrar ao que eu sei... Acertou na mosca, e nesse caso eu sou a pobre mosca, porque durante quase todo o dia perambulei tonto com o peso dessas palavras, refletindo sobre elas. Pergunto-me se posso me agarrar ao que sei. Dar um fim à vida vivida, quero dizer, me agarrar as experiências e praticá-las no dia a dia. Evidente que nem tudo que vivemos tem uma função de aprendizado com objetivos definidos, experimentamos também o prazer pelo prazer, o saber pelo saber, o viver ao Deus dará, não somos máquinas armazenadoras de saber a serviço de alguma coisa. Eu que o diga com seis planetas na casa 5 e em aquário! Sobretudo gostaria de perceber essas experiências nos momentos em que elas se fazem necessárias, agir sem refletir sobre o que ou como lidar com algumas questões que me provocam desconforto. Sei que é possível. Faço esse exercício de vez em quando. Agora pouco enquanto voltava para casa, prometi a mim mesmo que me esforçarei para agrupar minhas experiências e dar um formato a elas. Quero ser a expressão desse formato, corpo, alma,voz. Ou será que de qualquer forma somos o resultado delas e só não conseguimos percebê-las em nós? Porque é freqüente identificar no outro o que ele mesmo não vê em sí. Bem como é freqüente servir de exemplo para um terceiro e ser reconhecido por adjetivos que não conseguimos identificar em nós. Não. Não bebi nada antes de começar a escrever esse post, o dia está lindo, o céu azul e a temperatura ultrapassa os 30 graus. Vesti uma bermuda e uma sandália e vou voltar para rua, agora firmemente disposto a fazer valer esse novo formato.
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