19.1.09

VELHINHOS

Quis assistir o “O curioso caso de Benjamin Button” ontem no final da tarde, mas quando vi a fila para comprar ingresso, continuei andando, parei para tomar um café e voltei para casa. Fui agora na sessão das 18:00 horas, sem filas, tranqüilo. Gostei do filme, mas não acho que tem cacife para levar prêmio. Talvez de melhor maquiagem, que é primorosa, mas o Brad Pitt começa a trabalhar da metade do filme em diante, antes disso não acho que ele atua, sua performance é correta, não tem muito espaço para interpretações. Cate Blanchet teria mais chances. O filme demanda paciência. A narrativa é lenta, mas a gente permanece porque quer ver como tudo acabará. Não conheço o conto do Fitzgerald no qual ele foi baseado, mas suponho (por corporativismo assumido) que ele deve ser melhor.

No fim de semana acabei de ler “Três vidas” de Gertrude Stein. Nos três contos que compõem o livro fui eu quem me arrastei para terminar de ler. Sei da importância dela no inicio do século passado, seu vanguardismo comportamental numa época conservadora, mas achei os contos um bocado chatos. Até chegar ao ponto em que quer chegar, ela se repete muitas vezes, e isso torna a leitura cansativa. E repete também a fórmula encontrada para introduzir o leitor no universo dos personagens. Outra coisa que foi me irritando era com muita freqüência começar as frases com o nome deles, por exemplo: “Melanctha gostava desse mulato sério e...” , já no próximo parágrafo “Melanctha passava o fim de tarde....”, no seguinte “Melanctha sempre conseguia se esquivar...”, enfim é muita Melanctha abrindo parágrafos para minha cabeça. G. Stein, não fique nervosa, sei que você brigou com muita gente quando morou em Paris, defendeu seus pontos de vista com veemência, mas até a Melanctha ficaria cansada de ouvir seu nome ser repetido tantas vezes num único parágrafo.

Um comentário:

Anônimo disse...

a rose is a rose is a rose is a rose..
a gertrude era assim, adorava repetir.

:-)