15.12.04

UM TANTO ASSIM Ó.

É o que eu ainda preciso
pra te dizer que não sou nada disso
que você inventou aí dentro dessa tua cabecinha.
Um tanto assim ó.
Não tenho culpa. Não.
Seus registros já estavam programados para me avaliar
desta forma. Eu sei, você vai dizer que não tem culpa.
Nem eu!
Quem tem?
Não sei!
Não tem uma tecla delete aí dentro? Não?
Então tá. Comece a me despir de todos
os seus sonhos, imaginações, projeções e mais algumas palavras
que com certeza terminam em ões.
Em seguida volte a olhar para mim. Pronto.
Agora você talvez chegue perto do que realmente sou.
Agora podemos conversar. Sim, sim, agora temos
chances. Agora podemos nos amar.

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