Novamente cinema. Hoje foi a vez de “Ervas Daninhas” de Alain Resnais. A cereja do bolo dos três filmes que vi nos últimos três dias. Ver um filme de Alain Resnais é sobretudo ver como se faz cinema com qualidade. Não importa se você gosta ou não do filme, mas você não conseguirá apontar defeitos grosseiros ou dizer que é de baixa qualidade. Dificilmente uso o verbo adorar para traduzir um sentimento bom em relação a qualquer obra de arte ou pessoa, mas adoro os filmes do Resnais. Porque são bem feitos, as histórias são interessantes e nunca esbarram no lugar comum. “Ervas Daninhas” não foge a regra da maioria de seus filmes. Boa história, bons atores (gosto mais do Dussolier do que da Sabine Azéma, acho ela sempre um pouco artificial, já ele tem o controle absoluto dos gestos e das emoções), boa trilha sonora, boa fotografia, final beirando ao absurdo. Dentro do filme é possível detectar brincadeiras sobre destino, carências, loucuras, desejo e rejeição, tudo muito bem “caché” dentro das ações e reações das personagens. Já nos primeiros minutos do filme percebe-se a mão de quem sabe o que está fazendo, tem-se a impressão de se estar assistindo uma brincadeira do diretor, tamanha a destreza de trabalho da câmera. Tudo beira o nonsense e ao sarcasmo, o drama e o humor se misturam tangenciam o ridículo, ouve-se as vozes interiores dos personagens, o que pensam, o que querem dizer mas não dizem. Não é uma história comum, ou melhor, é uma história de gente incomum, irreal e real ao mesmo tempo, uma brincadeira levada a sério. Talvez não agrade a maioria, mas de qualquer forma fazendo uma pequena retrospectiva dos filmes de Resnais (Hiroshima mon amour, Ano passado em Marienbad, Meu tio da América, Medos Privados em Lugares Públicos), me parece que ele nunca se preocupou com isso. Graças a Deus!
29.12.09
SIMPLE THE BEST
Novamente cinema. Hoje foi a vez de “Ervas Daninhas” de Alain Resnais. A cereja do bolo dos três filmes que vi nos últimos três dias. Ver um filme de Alain Resnais é sobretudo ver como se faz cinema com qualidade. Não importa se você gosta ou não do filme, mas você não conseguirá apontar defeitos grosseiros ou dizer que é de baixa qualidade. Dificilmente uso o verbo adorar para traduzir um sentimento bom em relação a qualquer obra de arte ou pessoa, mas adoro os filmes do Resnais. Porque são bem feitos, as histórias são interessantes e nunca esbarram no lugar comum. “Ervas Daninhas” não foge a regra da maioria de seus filmes. Boa história, bons atores (gosto mais do Dussolier do que da Sabine Azéma, acho ela sempre um pouco artificial, já ele tem o controle absoluto dos gestos e das emoções), boa trilha sonora, boa fotografia, final beirando ao absurdo. Dentro do filme é possível detectar brincadeiras sobre destino, carências, loucuras, desejo e rejeição, tudo muito bem “caché” dentro das ações e reações das personagens. Já nos primeiros minutos do filme percebe-se a mão de quem sabe o que está fazendo, tem-se a impressão de se estar assistindo uma brincadeira do diretor, tamanha a destreza de trabalho da câmera. Tudo beira o nonsense e ao sarcasmo, o drama e o humor se misturam tangenciam o ridículo, ouve-se as vozes interiores dos personagens, o que pensam, o que querem dizer mas não dizem. Não é uma história comum, ou melhor, é uma história de gente incomum, irreal e real ao mesmo tempo, uma brincadeira levada a sério. Talvez não agrade a maioria, mas de qualquer forma fazendo uma pequena retrospectiva dos filmes de Resnais (Hiroshima mon amour, Ano passado em Marienbad, Meu tio da América, Medos Privados em Lugares Públicos), me parece que ele nunca se preocupou com isso. Graças a Deus!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário