Cenário: Balcão de frutas secas de um supermercado.
Personagens:
Moça com aproximadamente trinta anos, lábios carnudos, falsa loira, óculos de sol segurando os cabelos na testa, roupas justíssimas, sandálias altíssimas, bolsa aparentemente de grife.
Rapaz com aproximadamente quarenta e mais do que poucos anos, careca raspado, trajando calça de agasalho, tênis, boné.
Cena 1:
Moça se aproxima do balcão improvisado de frutas secas, ignora um senhor e o rapaz careca que aguardam na fila para serem atendidos. Diz estar com pressa. Exige ser atendida com rapidez. Sem olhar para ninguém diz precisa buscar as duas filhas na escola. Tem muita coisa para fazer. Reclama com a atendente da suposta lentidão. É ríspida e o tom de sua voz é frio e demonstra arrogância. “Não. Você colocou mais damascos do que eu pedi pode tirar. Tira . Tira mais. Mais. Você não entendeu o que eu falei? Mais.Tira mais. Não, agora você tirou demais. Acrescenta mais um pouco. Não. Tira uns dois ou três. Agora pesa. Quero apenas duzentas gramas. Passou do peso. Eu te disse duzentas gramas. Que coisa! Parece que não entende português?”
Cena 2:
O rapaz careca observa e ouve as grosserias e a falta de educação da moça junto a atendente. Aproxima-se. Tem cara de quem está prestes a estapear a moça loira. Surpreendentemente consegue se controlar. Não a estapeia. Aproxima-se mais um pouco. Aguarda ela pegar o saquinho de damascos e diz: “posso te dizer uma coisa?” A moça loira olha com espanto para ele e segundos depois abre um sorriso. Antes que ela pudesse lhe responder qualquer coisa o rapaz emenda: “o correto seria você dizer duzentos gramas, entendeu?, não duzentas, talvez por isso a atendente não tenha te entendido. Ah, e se aconselha dizer por favor antes de fazer o pedido, e obrigado depois de ser atendido, isso também faz parte da comunicação entre pessoas.”
Última cena:
A moça está visivelmente assustada. Olha para o careca e pressente que se abrir a boca para dizer qualquer coisa, ele vai lhe dar uns bons tapas na cara. Distancia-se do rapaz e do balcão e estupefata com o atrevimento do careca, diz: “brasileiro é um povo mal educado mesmo, e ainda quer ensinar a gente a falar!”
Personagens:
Moça com aproximadamente trinta anos, lábios carnudos, falsa loira, óculos de sol segurando os cabelos na testa, roupas justíssimas, sandálias altíssimas, bolsa aparentemente de grife.
Rapaz com aproximadamente quarenta e mais do que poucos anos, careca raspado, trajando calça de agasalho, tênis, boné.
Cena 1:
Moça se aproxima do balcão improvisado de frutas secas, ignora um senhor e o rapaz careca que aguardam na fila para serem atendidos. Diz estar com pressa. Exige ser atendida com rapidez. Sem olhar para ninguém diz precisa buscar as duas filhas na escola. Tem muita coisa para fazer. Reclama com a atendente da suposta lentidão. É ríspida e o tom de sua voz é frio e demonstra arrogância. “Não. Você colocou mais damascos do que eu pedi pode tirar. Tira . Tira mais. Mais. Você não entendeu o que eu falei? Mais.Tira mais. Não, agora você tirou demais. Acrescenta mais um pouco. Não. Tira uns dois ou três. Agora pesa. Quero apenas duzentas gramas. Passou do peso. Eu te disse duzentas gramas. Que coisa! Parece que não entende português?”
Cena 2:
O rapaz careca observa e ouve as grosserias e a falta de educação da moça junto a atendente. Aproxima-se. Tem cara de quem está prestes a estapear a moça loira. Surpreendentemente consegue se controlar. Não a estapeia. Aproxima-se mais um pouco. Aguarda ela pegar o saquinho de damascos e diz: “posso te dizer uma coisa?” A moça loira olha com espanto para ele e segundos depois abre um sorriso. Antes que ela pudesse lhe responder qualquer coisa o rapaz emenda: “o correto seria você dizer duzentos gramas, entendeu?, não duzentas, talvez por isso a atendente não tenha te entendido. Ah, e se aconselha dizer por favor antes de fazer o pedido, e obrigado depois de ser atendido, isso também faz parte da comunicação entre pessoas.”
Última cena:
A moça está visivelmente assustada. Olha para o careca e pressente que se abrir a boca para dizer qualquer coisa, ele vai lhe dar uns bons tapas na cara. Distancia-se do rapaz e do balcão e estupefata com o atrevimento do careca, diz: “brasileiro é um povo mal educado mesmo, e ainda quer ensinar a gente a falar!”
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