7.12.09

IMPRENSA


Li dois textos que me chamaram muita atenção pela clareza e excelência na exposição do raciocínio. Um deles uma entrevista nas páginas amarelas da revista Veja do psicanalista Jean-Pierre Lebrun, o outro, um artigo na coluna do filósofo Luiz Felipe Pondé no caderno “Ilustrada” da Folha. Pondé é sempre provocativo. Gosto disso, e aprecio suas ironias, ele as emprega com muita lucidez, mas acredito também que exatamente por causa disso deve ser muito mal interpretado. Os dois falam de coisas diferentes, mas que se relacionam. Abordam temas como educação, família, ética, promessas de felicidade por meio da exclusão da tradição. Assuntos que deveriam ser mais debatidos com a sociedade, mas que muitas vezes é motivo de desdém entre os que se acham modernos e antenados. Se não estamos gostando do que vemos, o jeito é olhar para o passado, ver o que foi feito e deu certo e o que não deu. É disso que eles falam, da necessidade de se refletir sobre temas que aparentemente soam como ultrapassados, mas que são cada vez mais importantes.

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