Mais de um milhão de pessoas saíram de Paris no último sábado em direção às praias. Férias de verão. Se você pensa que aqui as coisas são diferentes do Brasil, você se enganou. Engarrafamento, filas para pagar o pedágio, estradas lotadas, cinco horas para chegar a lugares que se chega em duas horas. Classe média é classe média em qualquer lugar e se (des) organiza da mesma forma, só muda de língua e endereço, os ingredientes que juntos completam a receita da farofa é o mesmo. Todo mundo quer sair no mesmo dia, na mesma hora, parar nos mesmos frangos assados e etc. Ninguém pode esperar, ficar mais um dia e sair no seguinte quando a estrada tiver menos cheia O importante é sofrer as peripécias da saída juntos. A volta não será diferente, pode apostar.
A cidade ficou menos povoada, mas se o número de turistas diminuísse ficaria ideal. No entanto, eles aumentam, grupos, ônibus fretados, museus lotados, gente de todo lugar do mundo. Alguns educados outros menos, como o casal de americanos que se sentou ao meu lado enquanto eu conversava com um amigo num Café. A dupla espalhou suas sacolas em torno da mesa, como se o espaço fosse o quintal da casa deles. Não teria nenhum problema se o Café não estivesse cheio, e se eles não tivessem tido o azar de se sentar ao lado de uma senhora que acabava de fechar seu Liberation e se preparava para ir embora. Observamos a dificuldade da mulher para se levantar e sair. O casal havia bloqueado a passagem com as sacolas e para completar o maridão ainda esticou as pernas. A madame de aparência frágil e delicada, que poderia ter saído de qualquer peça ou conto de Tchecov, sentiu-se acuada e depois de pedir por várias vezes licença e não ser atendida (o sujeito moveu agumas sacolinhas de lugar e fez cara de paisagem), revelou seus truques de autodefesa. Rápida, ela simplesmente chutou as pernas do Mister Easy obrigando o mesmo a recolhê-las e assim abrir passagem. Imponente, saiu sem nem mesmo olhar para trás. Desapareceu no meio dos transeuntes. Gente fina é outra coisa.
Se tiverem a oportunidade de ver um filme espanhol chamado “Yo Tambien”, não deixem de ver. Sensível sem ser açucarado, politicamente incorreto porque aborda um tema delicado (síndrome de Down) sem cair na culpabilidade e mesmice, é emocionante. Estranho no começo e comovente a partir de então. Lola Dueñas e Pablo Pimentel (o ator principal que tem a síndrome) são impagáveis formando o par romântico. Você vai rir, vai se emocionar e sair do cinema sabendo mais sobre o assunto sem ter sido submetido a lições de moral ou coisa parecida. Vontade de amar todo mundo tem, senso de humor delicado, poucos, como é o caso do roteirista e diretor desse belo filme.
A cidade ficou menos povoada, mas se o número de turistas diminuísse ficaria ideal. No entanto, eles aumentam, grupos, ônibus fretados, museus lotados, gente de todo lugar do mundo. Alguns educados outros menos, como o casal de americanos que se sentou ao meu lado enquanto eu conversava com um amigo num Café. A dupla espalhou suas sacolas em torno da mesa, como se o espaço fosse o quintal da casa deles. Não teria nenhum problema se o Café não estivesse cheio, e se eles não tivessem tido o azar de se sentar ao lado de uma senhora que acabava de fechar seu Liberation e se preparava para ir embora. Observamos a dificuldade da mulher para se levantar e sair. O casal havia bloqueado a passagem com as sacolas e para completar o maridão ainda esticou as pernas. A madame de aparência frágil e delicada, que poderia ter saído de qualquer peça ou conto de Tchecov, sentiu-se acuada e depois de pedir por várias vezes licença e não ser atendida (o sujeito moveu agumas sacolinhas de lugar e fez cara de paisagem), revelou seus truques de autodefesa. Rápida, ela simplesmente chutou as pernas do Mister Easy obrigando o mesmo a recolhê-las e assim abrir passagem. Imponente, saiu sem nem mesmo olhar para trás. Desapareceu no meio dos transeuntes. Gente fina é outra coisa.
Se tiverem a oportunidade de ver um filme espanhol chamado “Yo Tambien”, não deixem de ver. Sensível sem ser açucarado, politicamente incorreto porque aborda um tema delicado (síndrome de Down) sem cair na culpabilidade e mesmice, é emocionante. Estranho no começo e comovente a partir de então. Lola Dueñas e Pablo Pimentel (o ator principal que tem a síndrome) são impagáveis formando o par romântico. Você vai rir, vai se emocionar e sair do cinema sabendo mais sobre o assunto sem ter sido submetido a lições de moral ou coisa parecida. Vontade de amar todo mundo tem, senso de humor delicado, poucos, como é o caso do roteirista e diretor desse belo filme.
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